Consigo abstrair-me de coisas que não conseguem abstrair-se de mim, e isso faz-me dores de cabeça que me empurram até ao chão. Fora de disso, fora de tudo, só o que não me prende a coisa alguma.
E essa ideia, essas imagens são terríveis, piores que a minha convicção de que a vida se rege pelo amor. O terror é o de viver uma vida que se renega ao prazer libertino de ter coisas das quais a minha abstração é impossível. O terror é o de viver uma vida que aprecia o mundano, o fácil, o simples.
Mas mesmo assim, procuro o medo onde o encontro, e caio no possível caminho do banal e fictício. Como um inconsciente que cessa por nunca ser ouvido.

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