Não sei.

É uma doença infernal, como se de mim se tratasse. Há risos loucos, ou sãos, que me envolvem nesta melancolia que não é minha. Há vinho. Há bebida grátis. Há amor que não existe. Há amor a mais.
Tenho vontade de chorar, mas quem chora não sou eu. Tenho vontade de fugir, mas que foge de mim não sou eu. Tenho-me como nunca tive ninguém. Não me dou. Não me dou.
Palavras saem, entram, fecham-se a cada segundo, e o meu peito não se alivia. Contrai-se a cada fracção de tempo que se constrói.
Se faz sentido? Se me queres, mesmo assim? As minhas dúvidas são maiores, e as lágrimas não cessam em não cair.
A indiferença que te constrói dói-me a cada mão que se mexe. "Estou no meu mundo, estás no teu.", como se tudo fizesse sentido até ao fim, para que tudo faça sentido. Até ao fim.
Já nada o faz. Já tudo foi para muito mais longe que nós.

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